No século 19, na Dinamarca, duas mulheres filhas de um pastor muito rigoroso, acolhem Babette uma parisiense que fugia da França e a colocam para trabalhar na cozinha No centenário de nascimento do pastor Babette será a responsável pelo banquete que as filhas resolvem fazer para marcar esta data
O ambiente austero da comunidade que marca as relações entre os personagens não resiste ao banquete preparado por Babette que gastou todo o dinheiro que recebeu em um prêmio de loteria para realizar o jantar. A hipocrisia dos personagens que resistem a elogiar a boa comida e o bom vinho servido contrasta com as expressões de prazer e gula com as delícias preparadas por Babette. O filme não deixa também de ser um elogio à cozinha francesa na medida em que o telespectador participa da preparação dos pratos, do ritual da mesa, da apresentação dos pratos, da harmonia da comida com o vinho e dos elogiosos comentários do oficial de cavalaria presente, o único que não sente nenhum desconforto em sentir prazer com uma boa mesa. Os demais personagens são incapazes de se dar o direito a sentir este prazer, uma vez que dominados por condutas muito rigorosas. Registre-se também como um componente importante a ambiência, as cores e os figurinos - todos muito escuros e soturnos. O filme ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1987.
Diretor: Gabriel Axel.
Atores: Stéphane Audran, Bodil Kjer, Birgitte Federspiel.